PAULO AFONSO- Dessa vez o prefeito interino dispensou a algaroba e se reuniu com lideranças da área rural no gabinete. Interessante que, estavam lá vereadores ligados a ele, não o elenco do governo, óbvio, e o secretário de infraestrutura, Chico. O titular de Agricultura, Jandirson, não foi convidado.
Ainda que a pauta tratasse de um problema localizado, é preciso que se diga, Luiz de Deus nunca fez isso, reunia-se com os secretários e fazia o trabalho conjunto. O prefeito licenciado não saía para visitas na área da Saúde, por exemplo, sem o titular da pasta Adonel Jr.
Ontem o PA Alerta noticiou que Marcondes mudara uma determinação de Adonel em relação à escala dos médicos, em reunião com a classe, sem a participação do secretário, e com uma, digamos, pretendente à vaga dele.
A notícia não foi desmentida até o presente momento. Tudo isso traduz exatamente o modus operandi do atual ocupante da prefeitura, é um estrangulamento lento, com objetivo específico: você fica, mas morre de inanição.
Os secretários isolados, dizem seus interlocutores, marcham dia após dia à casa do prefeito Luiz de Deus atrás de uma solução rápida.
“Ou o prefeito volta e corrige essas coisas, ou temos que ir embora, porque do jeito que está não temos como fazer o nosso trabalho, algo precisa ser resolvido”, desabafou um secretário a seu assessor que pediu reserva a esta jornalista.
A marcha para a definição do prefeito ocorrerá na próxima segunda 19.
Luiz de Deus está atento a toda essa situação e, mesmo sem ter terminando o tratamento, precisou viajar porque tem muitas demandas amarradas junto ao governo do estado e, por lá, não há chances de o prefeito interino conseguir destravar.
A divisão do grupo ganhou uma face dramática. O governo ainda está de pé porque a oposição está mais perdida que ele.