PAULO AFONSO – O vereador Gilmário Marinho (Podemos) foi mais um voto contrário à suplementação orçamentária de 16 milhões de reais para a Saúde, tirando orçamento de outras pastas alegando que o projeto é prejudicial à Educação.
No total, o corte do Orçamento da Educação foi de 4 milhões de reais. Gilmário disse que assim como os professores, outra classe muito prejudicada pela prefeitura é a dos agentes comunitários de Saúde.
“Os agentes de saúde têm férias atrasadas há mais de 5 anos, vigilantes e o pessoal de apoio, isso é vergonhoso para um município que tem um dos maiores orçamentos da Bahia.”
“Eu jamais serei contra qualquer classe, eu sei o que eles sofrem”
“O planejamento é zero, infelizmente eu tenho que vir aqui e dizer, porque tem aqui uma série de serviços de saúde elencados justificando essa suplementação, como, por exemplo: o tratamento de oncologia, mas foi suspenso por falta de pagamento, o tratamento odontológico está suspenso há dois anos, então eu não posso ser contra o povo, prefeito se planeje!”
Gilmário pediu aos colegas que não se curvassem às vontades do prefeito. “Isso aqui é uma ditadura à base do chicote, um pensamento unilateral, um prefeito que mal vem à cidade e quando vem se cerca de familiares e amigos, e não escuta o povo.”
“A realidade é muito diferente das redes sociais”
“Está lá nas redes sociais que o prefeito visita a comunidade rural. Prefeito vá no Bonomão que há 30 dias não tem água lá colocada pela prefeitura, quem quiser água precisa pagar 80 a 130 reais, a depender da distância da comunidade; há 3 meses eu estive nas comunidades Salina e Duas Barras, trouxe para essa tribuna a necessidade de água lá onde tem 32 famílias, e assim é toda área rural, provoquei o ministério público para que acione ao secretário de Agricultura, porque hoje as pessoas não têm o que comer e precisa comprar água.”
“Os 16 milhões esbarram na CPI”
Gilmário foi direto com Pedro Macário (DEM) sobre a instalação da CPI. “Esses 16 milhões, a falta de atendimento que tivemos esse ano esbarram na CPI, mas infelizmente o presidente fica ouvindo o prefeito, fica ouvindo meia-dúzia de puxas-sacos do prefeito e não dá o seguimento legal à CPI.”
Após a fala de Gilmário, o presidente se manteve calado.