PAULO AFONSO – Mais cedo, durante a sessão ordinária da Câmara Municipal, o vereador Marconi Daniel (Podemos), classificou o posicionamento da Procuradoria Municipal em relação à CPI, proposta pela bancada de oposição de “intervenção indevida” de um Poder no outro.
O vereador disse que competiria exclusivamente à assessoria jurídica da Casa falar sobre a abertura da CPI e seus complicações e não à Procuradoria municipal.
“Para a nossa surpresa quem fala é o procurador do município que, inclusive, manda um recado, senhor presidente, que a “petição não vai para a Comissão de Constituição e Justiça” olha quanto o procurador tem conhecimento em relação ao Regimento Interno, como ele falou em petição, será que está confundido Câmara com foro?” provocou.
Daniel aproveitou a deixa e reiterou a cobrança à Mesa Diretora sobre o seu relatório da CCJ em que pede oficialmente a abertura da CPI:
“Nós entregamos o relatório há mais de um mês e estamos aguardando; será que toda essa manobra jurídica é para ganhar tempo?, como se nós já preenchemos todos os requisitos jurídicos. Feira de Santana está apreciando, em Minas Gerais, várias cidades do interior estão apresentando, e por que em Paulo Afonso não?”, pressionou Marconi.
“O povo de Paulo Afonso pagou com a vida, sobre esse recurso Covid.”
Em seguida, o vereador foi mais direto na cobrança a Macário: “Não é possível que aconteça prevaricação, eu conheço a sua pessoa. Eu não quero acreditar que o senhor vai levar essa responsabilidade de não tocar essa CPI, assim como o senhor falou que iria tocar todos os ritos de acordo com a Lei Orgânica e o Regimento Interno da Casa.”
Marconi afirmou que a falta de medicação, o atraso no pagamento dos fornecedores e até do pagamento dos pipeiros que levam água para a área rural, tem a ver com o suposto desvio de recursos da Covid.
“Paulo Afonso, o povo quer a CPI, e por que isso ainda não aconteceu?, por que tanto esconde-esconde, porque nós precisamos esclarecer ao povo de Paulo Afonso; nós não estamos aqui para afastar o prefeito, mas para que ele tome conhecimento de quem fez o mal feito.”
“Procurador, a Câmara não é extensão da prefeitura, não queira induzir ao erro, manobra não!”