PAULO AFONSO – Por ora, a oposição tenta colocar panos quentes e não dispersar de vez os vereadores Paulo Tatu e Zezinho, ambos do Progressistas, que recuaram de suas respectivas assinaturas no requerimento que pede abertura de um processo de CPI para, agora, assinarem outro requerimento inviabilizando a mesma, a exceção é Gilmário Marinho (Podemos).
O vereador fez questão de apontar o mudança de rota dos colegas e disse que a oposição ainda tem a maioria simples para a instalação da CPI.
Gilmário explicou que a decisão da bancada pela abertura de uma CPI estava calçada nas legislações estadual e federal, na Lei Orgânica Municipal e, por fim, no Regimento Interno da Câmara.
“Não sei qual caminho buscaram juridicamente para esse requerimento, mas a minha maior surpresa foi com os vereadores que assinaram antes e voltaram atrás; ainda assim nós temos um terço da Casa que garante a prevalência da CPI. Nós vamos buscar os caminhos, não vamos prevaricar.”
Gilmário provocou o prefeito, sobre sua, digamos, “fama de honesto” e perguntou por que tem medo da CPI?
“Eu não sei porque esse mistério do gestor municipal que outrora se intitulava Luiz Honestidade de Deus, quem não deve não teme. Esse argumento de que o vereador não pode fiscalizar verba federal, mas quem aplica a verba é o município. Quem deixou de fornecer cesta básica, remédio e deixou a UPA sem funcionar foi o município. Isso é vergonhoso, é um descaso que não respeita sequer as mais de 200 pessoas que morreram e deixaram suas famílias órfãs, porque não teve assistência devida.”
O vereador também criticou a atuação de Igor Montalvão, procurador do município, a quem chamou de “fraco.”
“Agora, o prefeito com seu jurídico fraco, até parece que está na escola juridicamente falando com esse requerimento pífio, eu tenho certeza que a CPI vai adiante porque o Regimento Interno é cristalino.”
