PAULO AFONSO – Jean Roubert (PSD) iniciou um caminho arriscado desde o início do ano, quando assumiu uma posição livre, por assim dizer, sem que estivesse necessariamente alinhado ao governo. Aprovou projetos de lei que chocavam com os interesses do Executivo e colocava, não raro, a liderança governista na Casa – Leco (PSD), em maus bocados.
O paroxismo estava por vir. Seduzido pela oposição, em vez de usar seu farto conhecimento jurídico para proteger o governo que, então, lhe dera 26 empregos [fora os contratos de empresas ligadas a familiares seus, evidente], sem diálogo, foi seu maior justiceiro.
Era absolutamente inacreditável o movimento de Jean, a considerar o que ele tinha a perder, e, principalmente, conhecedor das armas governistas – irresistíveis – como se mostrou hoje-, e mesmo assim, tendo oportunidade, ele não recuou.
Hoje, com a CPI superada, resta provado que o vereador foi a única vítima.
A CPI nunca teve condições políticas de caminhar, porque Luiz de Deus (PSD) foi eleito com maioria plena:11 contra 4. Tudo era questão de acerto. Houve o acerto, CPI morta.