PAULO AFONSO – Antes de entrar no motivo de a Câmara Municipal dar seguimento no processo de CPI para investigar o gasto público da gestão do prefeito Luiz de Deus (PSD) durante a pandemia, a vereadora Evinha Oliveira (Solidariedade), líder da oposição, explicou, em seu pronunciamento na tribuna, que são ações específicas do ofício parlamentar.
“Como eu posso chegar aqui e falar diferente, elogiando, por exemplo, um hospital que falta lençóis para colocar nas macas; eu falei do problema no CAPS II, fiz fotos, apresentei ao prefeito, e até agora a unidade que é referência para saúde mental continua sem psicólogo ”, pontuou.
“Denúncias precisam ser investigadas”
“Se eu recebo uma denúncia de uma empresa que é um hotelzinho de cachorro, de onde a prefeitura comprou testes rápidos – porque não foi ração-, como é que eu vou me negar a investigar?, quando eu recebo uma denúncia que foram comprados respiradores usados de empresas inexistentes; de funcionários com cargos de confiança locando carros e do Instituto Vida Forte que administra os leitos de UTI-Covid recebendo 1 milhão por mês, mas sem médico intensivista, e tudo com verba da Covid.”
A parlamentar disse que o desejo é de que as investigações não revelem uma tragédia ainda maior do que uma suposta corrupção por trás das denúncias:
“São 213 mortes até agora na nossa cidade e a CPI vem justamente para investigar as verbas que foram destinadas para a Covid. Eu espero que no futuro a gente não encontre problemas e diga que vidas foram perdidas por má gestão dos recursos.”
A segurança pública de Paulo Afonso
De acordo com a vereadora, o comandante do 20º Batalhão da Polícia Militar, o Ten-coronel Gabriel Manoel “está muito preocupado com a questão da segurança pública na cidade; eu fiz o pedido para uma audiência pública e espero que aconteça com brevidade com os demais envolvidos no tema de segurança pública.”