PAULO AFONSO – Além dos males já conhecidos do governo de turno, deve-se acrescentar outro que não passou desapercebido na última campanha eleitoral: a falta de articulação e diálogo entre os governos municipais e do estado.
Isto se dá porque o prefeito Luiz de Deus (PSD), não se sabe se por soberba, desânimo ou falta de reciprocidade mantém distância segura do governador Rui Costa (PT). E Rui, idem.
Antes que alguém argumente que o prefeito está cansado e que é inviável viajar, realmente deve-se concluir que o cargo de vice-prefeito só serve para receber o salário?, afinal, por que Marcondes Francisco (PSD), não se movimenta para ajudar essa gestão?, por que não quer ou por que não lhes permitem fazê-lo?
Há duas semanas, o secretário de Saúde do estado, Fábio Vilas-Boas, em conversa com vereadores foi duro com a gestão de Luiz de Deus no tocante ao gasto com o Hospital Nair Alves de Souza.
Fábio disse sem rodeios que “se gastava muito e mal os recursos”, ou seja, para o estado investir mais dinheiro na Saúde de Paulo Afonso é inviável, e mais: que já teria chamado o prefeito para uma conversa e assim solucionar o problema.
Pergunta: qual prefeito, em havendo o convite, se recusaria a diologar com o governo estadual para tentar sanar o que dizem ser o maior rombo do município?, bem, pelo que não foi desmentido, Luiz de Deus.
O fato é que diante do posicionamento de Vilas-Boas, que não foi desmentido e/ou rechaçado, ter o Nair gerido por uma Organização Social soou como salvação.
Outro problema urgente diz respeito à segurança pública.
Os cidadãos vivem em estado de alerta com a multiplicação de assaltos, furtos e roubos seja de noite ou de dia, na rua ou à porta de casa.
Os bandidos se sentem tão à vontade para cometer crimes que até desfilam perante câmeras de segurança após cometerem roubos.
Outro dia, o dono de um disk, no centro, desesperado por ter sido vítima de bandidos seguidas vezes, atirou em direção a dois meliantes que acabavam de assalta-lo, passava pouco das 18h horas, e as balas foram disparadas na rua, com o vaivém das pessoas. Cenas impensáveis até poucos dias.
Tudo isso horrorizando e amedrontando as pessoas e não se houve quaisquer posições do Executivo sobre o assunto. Nem providências.
Se não há mais condições de o prefeito cumprir agendas que surjam de situações emergências, desse tipo de circunstância, que se dê ao vice-prefeito tal missão.
O que não pode mais é estado de coisas que nem o governador enxerga mais o município, nem tem que lhe faça tirar a trava dos olhos.