PAULO AFONSO – Há um vazio imenso no Progressistas, partido que precisou passar por uma reformulação às pressas e nunca teve como objetivo lançar candidatura própria à prefeitura de Paulo Afonso. Arranjando-se como vice, tudo ia bem.
Ocorre que, solenemente ignorado por Mário Galinho (PSDB), e sem ter dado certo com Anilton (Podemos), tendo a certeza que gastaria dinheiro e tempo à toa com Raimundo, agarrou-se à possibilidade de aliança, por vias muito delicadas, com Luiz de Deus (PSD), de todos, a persona menos afeita ao tipo de arranjo sugerido.
Quem não tem cão, vale-se do gato.
Nesse caso, o fiador do negócio, uma vez que Luiz Humberto precisou se ausentar, por motivos amplamente divulgados, foi liquidado.
A turma que então, encostou na prefeitura para tentar rearranjar as coisas, começando por uma profunda reformulação na publicidade e organização política, sim, a mesma que trouxe Val de Salvador, foi sumariamente defenestrada por agentes internos, como se diz.
Verificou-se de pronto que era providencial tirar esse pessoal das entranhas da prefeitura antes que a dita “revolução” ocorresse.
Nesse afastamento, o PP foi fritado.
“Longe do meu domínio/ Cê vai de mal a pior/ vem que eu te ensino/ como ser bem melhor…”
A revolução administrativa tratava de uma reforma ampla no Executivo. Nomes do PP eram dados como certos em pelo menos duas secretarias bombardeadas na campanha: Cultura e Esporte e Saúde.
Não rolou nada.
“Uh quero você como eu quero/ Uh uh… Eu quero você como eu quero.”
O problema todo, tretemos de resumir: nada disso foi combinado com os russos, ou com o “russo”.
“A gente diz a Luiz que ele precisa demitir, que ele precisa mudar, ele escuta, não sai uma palavra da sua boca”, disse ao Painel, um interlocutor do governo, aflito.
Foto: Instagram/Luiz de Deus.