PAULO AFONSO – Esmeralda Patriota, presidente da APLB Sindicato, disse há pouco, em entrevista à rádio Angiquinho FM que, “Pai e mãe nenhum vai querer ver seus filhos em risco. Eu fiquei surpresa com a fala do governador nas redes sociais, eu entendo que foi uma decisão intempestiva porque é necessário ver todas as variáveis para que esses estudantes voltem.”
A fala da presidente foi uma reação à possibilidade de retorno das aulas do estado em duas semanas, como avalia o governador Rui Costa (PT), caso a Bahia se mantenha com os números estáveis da pandemia de Covid-19.
“Nós estávamos, ontem, com 75% (de ocupação de leitos de UTI) e, se esse número se mantiver nesse patamar, ou inferior a esse, nos próximos 10, 15 dias, nós vamos voltar às aulas presenciais. Essa segunda etapa, chamada de modelo híbrido, terá alguns dias presenciais e alguns remotos, para garantir que apenas metade dos alunos compareça à escola”, explicou Rui Costa.
Esmeralda:
“Nós vamos fazer uma live com a rede estadual com o posicionamento da APLB que é todos vacinados com a segunda dose; a gente vai ter que unir esforços para vacinar todo mundo que faça parte da Educação, por que?, para voltarmos às aulas com segurança. A gente tá vendo pessoas vacinadas com a segunda dose morrendo, estamos uma insegurança sanitária absurda!”
O Sindicato busca uma solução jurídica para barrar a decisão de Rui Costa, caso haja insistência em retornar sem que o processo de vacinação esteja concluído na Educação:
“Quero esclarecer a nossa posição política-sindical em relação à categoria é de vacina para todos, as duas doses. Se o governador vai retaliar não sei, ele pense direitinho, vai ficar muito mal na fita. Já pautamos previamente desde março, entramos na Justiça para que vacinasse o pessoal da educação. Sei que não há vacina suficiente.”
Esmeralda deixou claro que se o governador forçar a mão, a greve será inevitável.
Foto: Correio da Bahia/reprodução redes sociais.