PAULO AFONSO– Ontem a oposição perderia de qualquer maneira a tentativa de manter as sessões ordinárias durante o recesso parlamentar, marcado para julho.
O vereador Bero do Jardim Bahia (PSB) havia feito uma indicação e foi orientado a fazer um projeto de resolução.
Eis que Evinha Oliveira (Solidariedade) abraçou a proposta e a fez em nome da bancada. Marconi Daniel e Gilmário Marinho, ambos do Podemos, também passaram a defender o não recesso.
Nos bastidores, um vereador governista, que gosta de ficar com uma perna em cada canoa, deu a entender que abraçaria a causa da oposição, e mais: não somente essa, inclusive a CPI.
Contudo, ontem durante a sessão amarelou.
A oposição não contou sequer com o voto de Zezinho (Progressistas). “Não é só em Paulo Afonso, mas [o recesso] é no Brasil inteiro”, justificou. Nesse momento a vereadora Leda (PDT) soltou uma tremenda gargalhada.
O argumento da oposição para que o Parlamento não parasse as sessões no próximo mês é justamente a pandemia. “Nós temos colaborado muito com a população através das sessões, solicitando as correções necessárias do governo”, disse Bero.
Acuado por denúncias graves, inclusive, nos últimos dias, sobre um possivel estelionato envolvendo a venda de terrenos, tudo o que o governo não quer é sessão ordinária.
A votação ficou 9×4 conforme orientou o líder do governo Leco (PSD). O projeto de resolução não andou nem para a Ordem do Dia.
O episódio serviu pelo menos para a oposição entender que quem anda com uma perna em cada estrada não sabe o que quer seguir; a indecisão persiste porque deve ter muito a perder se deixar o governo.