GLÓRIA – Marco Antônio Bacelar, já tinha experiência na condução de operações coercitivas quando, tentando cumprir um mandado de prisão, foi surpreendido com a faca amolada de jovem, vulgo “Raton” em seu pescoço e nos braços, outro policial também foi esfaqueado.
Um jovem franzino golpeava um delegado forte e ágil numa situação absolutamente inédita. Passaram-se quase oito anos, e, infelizmente, “Raton” não foi recuperado pelo sistema prisional. Uma vez solto, de acordo com Bacelar, se autoentitulou “o dono do mundo”.
Bacelar sobreviveu às facadas e deu prosseguimento ao trabalho como delegado.
Agora, na noite desta quinta-feira 10, o reencontro, mais uma vez, se deu por cumprimento de mandado de prisão preventiva, no povoado Brejo do Burgo, área rural de Glória.
“Esse indivíduo praticou contra mim e contra outro agente público tentativa de homicídio – ele de posse de uma arma-, no dia seguinte, ele foi preso em flagrante, ficou um tempo recolhido no Conjunto Penal de Paulo Afonso e depois foi solto pela Justiça”, relembrou o delegado, acrescentando que o rapaz “praticou muitos outros crimes.”
O delegado lembra ainda que poderia ter encerrado a carreira, mas Deus lhe deu forças:
“Consegui levar minha carreira adiante, tive grande abalo psicológico, mas com ajuda principalmente da família, de amigos mais próximos e dos colegas de trabalho consegui me recuperar e hoje estou aqui de frente com esse indivíduo; quem é policial sabe como é difícil você no desempenho da atividade policial ser vítima e nesse momento encarar de frente e efetuar a prisão.”
Bacelar disse ainda que não está preocupado com críticas que possam advir da divulgação do vídeo.
“Não perdemos a nossa essência, e foi Deus quem nos deus força para seguir em frente, agora eu peço justiça, que esse elemento vá a jure popular e que ele seja devidamente responsabilizado.”
“Não quero sujar as minhas mãos, eu estou desabafando porque sofri e deu a volta por cima.”
Painel com reportagem da RBN.
