PAULO AFONSO – O ex-vereador Mário Galinho (PSDB) é um político de gosto e temperamento que testam a paciência de qualquer pessoa. Intrometido, boçal, barulhento, no limite da chatice, e agora, sem a Câmara Municipal, catológico.
Um vídeo em que ele adentra a humilde residência de uma senhora, cuja filha padece da falta de assistência da prefeitura de Paulo Afonso, mais precisamente, da Secretaria de Saúde, expõe a família a uma situação absolutamente desnecessária e humilhante.
O político não parou três segundos para pensar que, a casa está caindo, as condições de higiene não são as adequadas; falta exames, remédios e médicos para cuidar da doente, mas ele é candidato, ele é político, ele está promovendo um tipo de política usando essas necessidades, e que, portanto, isto o obriga a proteger as pessoas.
É possível Mário, proteger as pessoas das suas próprias misérias, e procurar ajudá-las sem se promover com isto.
Tudo é possível dizer e cobrar sem o ocorrido no bairro Siriema. Mas Galinho precisa de palco e, mais: Galinho precisa chocar – com perdão do trocadilho.
O mais preocupante não é Galinho, mas a perspectiva de que Paulo Afonso só tenha esse caminho como alternativa para se livrar do governo de turno.
Com uma eleição à vista, o cenário para 2024 ainda não foi criado, só se tem a certeza de que nenhum candidato que represente o continuísmo do legado de Luiz de Deus (PSD) pode prosperar.
Luiz de Deus e sua equipe desastrada, especialmente neste início de gestão, é o que alimenta candidatos como Galinho.
Uma alternativa mais equilibrada e serena, humilde [em quem os políticos possam confiar e fazer acordos] e conhecedora da realidade de Paulo Afonso, das suas necessidades e urgências, há de aparecer como contraponto à escatologia e à má gestão.
Fotos: reprodução/Instagram de Mário Galinho.