PAULO AFONSO – O ex-prefeito Anilton Bastos (Podemos) participa agora da audiência pública, na Câmara Municipal – remotamente, sobre a transição do Hospital Nair Alves de Souza, proposta pelo vereador Marconi Daniel (Podemos).
Anilton afirmou que fez toda pavimentação jurídica e política para que o Nair se tornasse um Hospital Federal, porém, quando encerrou sua administração, sendo sucedido pelo atual prefeito Luiz de Deus (PSD) “algo aconteceu.”
“Hoje não cabe dizer quem fez isso?, quem assinou?, eu disse que o município não iria arcar com isso, é fácil fazer conta, se você tem uma projeção de 6 milhões por mês não tem como 15 milhões por ano garantir sobrevida a um hospital. Então isso me causou espécie, esse silêncio”, disse Anilton.
O ex-prefeito também lembrou que em sua gestão houve o mesmo movimento da Chesf para fechar o hospital, mas ele, chamou a comunidade e evitou a tragédia.
“Ao meu ver faltou empenho político mais forte. Se a Ebserh está dizendo que não tinha recursos, vocês estão vendo o que aconteceu agora com essa enorme somo de recursos alocados para atender emendas parlamentares; deveriam está no Congresso [o prefeito] de gabinete em gabinete, como eu fiz no passado.”
Anilton também lembrou o período eleitoral [eleições 2020], evidenciando que a Câmara Municipal aprovou a mando do Executivo vários cargos para o hospital.
O ex-prefeito disse ainda que o Nair precisa ser um hospital universitário, que não pode fugir disso. “Vamos manter o nosso curso de medicina e melhorar o nosso atendimento à saúde.”
Dúvidas sobre o depósito em juízo dos 45 milhões de reais.
“Existe mesmo esse recurso?, se tem por que a prefeitura não fez ela a obra?, está tudo pronto. Eu não quero apontar culpados, mas faltou vontade política. Vai lá ao Congresso, arma a barraca, se eu consegui antes, se consegueria agora. “
