PAULO AFONSO – Quando iniciou sua 1ª gestão, em 2017, o prefeito Luiz de Deus (PSD) recebeu a decisão da Justiça que ele tinha dali a 6 meses para colocar – após 20 anos – um concurso público.
Naquele mesmo ano, o prefeito foi à RBN, e garantiu que não encerraria 2017 sem o concurso. A pena era de uma multa no valor de 280 mil na sua conta pessoal.
A Justiça, diga-se de passagem, nunca cobrou um centavo da tal multa, e ninguém soube de que tenha havido um Termo de Ajustamento de Conduta, postergando o prazo. Ficou assim, o dito pelo não dito, e Luiz de Deus à vontade para inchar a máquina com centenas de cargos de confiança.
Passou 2017, entrou 2018, avançou 2019, e, finalmente, no ano eleitoral, na rapa do tacho, a prefeitura anuncia o concurso.
Eis que marcada para maio, as provas sofreram vários adiamentos em razão da pandemia de Covid-19, até ter sua 1ª prova no dia 31 de outubro.
Ainda sem data para a aplicação da última prova, eis que a Justiça embarga-o. Foi um golpe duríssimo, mas para muitos estudantes, previsível.
“As ilegalidades estão ali justamente para garantir que as provas sejam anuladas”, comentou uma jovem nas redes sociais.
A prefeitura se manifestou mais cedo e disse que ainda não tinha sido comunicada sobre a decisão do juiz Claúdio Pantoja.
Evidentemente que vai recorrer, porém, caso seja mantida a decisão, como reverter tamanho prejuízo?
Foram mais de 13 mil inscritos, partes dessas pessoas acabam desistindo e ficando com o prejuízo. A prefeitura e/ou a gestão de Luiz de Deus cada dia mais aparece uma escuridão no fim do túnel.