PAULO AFONSO – Há doutor Luiz de Deus (PSD), se tu soubesses o que o povo passa, não dormiria direito. Quer dizer, hoje ele soube.
Luiz de Deus completará dois meses de governo e, pelas questões de saúde, está afastado do, digamos “bafo do povo”, mas durante a sessão ordinária havida há pouco na Câmara Municipal, o prefeito ouviu as últimas.
Em primeiro lugar, a afronta que a empresa de ônibus Atlântico fez não só à prefeitura como ao povo e que, até aqui, está sem solução. Ou por outra: se tem solução ninguém as comunica.
Em seguida, foi a vez de saber que falta de médicos [nos postos de saúde] a remédios na farmácia básica do município e que a população carente, deixa de comer para comprar medicamentos de controle da diabetes, hipertensão entre outras doenças crônicas.
E teve mais: que se existe um departamento de esportes no município não serve para dar qualquer apoio, sequer de uma bola, a um grupo de jovens que quer praticar vôlei.
Outra: que a pista de bicicross em que ele foi levado a visitar ao lado do secretário Nino Rangel, está do mesmo jeito, com o mato comendo. “Fizeram só para tirar a foto no período de eleição”, lembrou Marconi Daniel (Podemos).
Aí me permitam participar da discussão: eu estava lá e ouvi do excelentíssimo secretário que, em 15 dias, pelo menos a limpeza aconteceria.
Como diria Cassiano: “Mais um ano se passou/ e nem sequer ouvir falar seu nome/ a lua e eu…”
O pior de tudo, Luiz ouvir de Marconi, de que teria ficado com a gestão do Hospital Nair Alves de Souza, apelidado de “Cavalo de Troia”, pela Irmã Leda (PDT), para garantir mais cargos ao município. O prefeito ficou uma fera e exigiu provas.
De acordo com o vereador, ele as tem, em e-mails.
Por fim, Evinha Oliveira ( Solidariedade) lembrou-o que o resultado das urnas foi claro quanto à mudança de atitude dos políticos.
Em resumo, foi uma pancada atrás da outra.
Pois é prefeito, bem-vindo ao mundo real, esse no qual vivemos.
Se a sessão de hoje serviu para que Luiz tire a trava que venda seus olhos, veremos na canetada que ele vai precisar dar para resolver o problema.