PAULO AFONSO– Há oito dias rasgava o céu do aeroporto a aeronave trazendo a vacina contra a Covid, que incialmente imuniza profissionais de saúde que estão na linha de frente do contágio, lidando diariamente com pacientes infectados. Em outras palavras, chegou a esperança. Ainda que demore muito a vez de cada pauloafonsino, foi a luz que acendeu no fim do túnel.
Infelizmente, a sensação de medo, de ver se repetir na cidade as terríveis cenas de outras regiões do país, dado o número de infectados nos últimos dias, abreviou o sentimento positivo e pôs a população em aflição, a cobrar providências enérgicas por parte do prefeito Luiz de Deus (PSD) que, a bem da verdade, precisa aparecer e falar. Há excesso de proteção em torno do prefeito.
Da prefeitura, chegou a informação de que Luiz de Deus prepara um decreto, com ações que forçarão a população, pelo menos, se recolher mais cedo. É pouco.
Embora tenha avançado nesta segunda 25, em matéria de vacinação, saindo de 430 doses para pouco mais de 1 mil, o estado de emergência, sabe a prefeitura, desagua no sistema de saúde.
O reforço de 12 leitos de terapia semi-intensiva inaugurados semana passada no Hospital Nair Alves de Souza, recebendo imediatamente três pacientes, diz o boletim epidemiológico de hoje, conta com 6. As UTIs-Covid não tiveram baixas. E quando – é preciso considerar-, parte das mais de 180 pessoas que testaram positivas semana passada, precisarem de tratamento [se precisar] como vai ser?
O cenário vigente é que o medo vence a esperança. E o govenro não pode ficar assistindo ao caos como se fosse obra da natureza, se vai sair decreto, diga-se: já sai tarde.