PAULO AFONSO – O tom cuidadoso do secretário de Saúde, Adonel Júnior, hoje, durante entrevista à Angiquinho FM, precisa ser abandonado urgentemente.
É preciso chamar a responsabilidade a quem de direito e fechar a cidade antes que a contaminação por Covid-19 fuja totalmente ao controle do poder público. Escalada que, a bem da verdade, está diante dos olhos de quem quer enxergar.
Mal comparando, Juazeiro da Bahia, cuja população equivale ao dobro de Paulo Afonso, registrou de domingo até esta sexta-feira 22, segundo o boletim epidemiológico do município, mais 172 casos.
Vale dizer que os hospitais de Juazeiro estão cheios, e que eles são um possível destino de pacientes de Paulo Afonso [quando não houver mais capacidade nas UTIs locais], e que, diante do problema, o município superou o número de infectados de lá, com 187 novos casos no mesmo período.
Adonel, mais cedo, chegou a afirmar que o governo tenta evitar mais prejuízos a determinados setores comerciais, que tenta dialogar e fazer com que cada um cumpra a sua parte.
Porém, a realidade é sempre mais reveladora. São 60 pessoas mortas, duas nas últimas 24 horas, e mais 57 novos casos de Covid-19. Um número que já supera e muito o começo da pandemia, quando o prefeito Luiz de Deus (PSD), é importante lembrar, atuou de forma mais enérgica e evitou o colapso do sistema de saúde.
Mesmo aumentando o número de leitos, forçados pelo aumento de infectados, as UTIs estão com suas respectivas capacidades esgotadas. Sobram vagas apenas nos semi-leitos. 2 na UTI do Hospital Municipal.
Um quadro tenebroso que os pauloafonsinos não imaginavam atravessar, infelizmente, diga-se, com uma resposta amena da gestão.
São 577 casos ativos; 1575 recuprados e 2212 acumulados. 60 pessoas mortas por Covid-19.
Foto: ASCOM/PMPA