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Paulo Afonso-BA, 26 de novembro de 2024

“Um Natal muito difícil para as famílias que perderam entes queridos”, diz sobrevivente de tragédia em MG

PAULO AFONSO – O repórter Thiago Santos, da Rádio Delmiro FM, ouviu com exclusividade, o jovem Reginaldo Galdino, sobrevivente da queda de um ônibus que caiu de um viaduto, em João Monlevade, na Região Central de Minas Gerais. A tragédia ocorrida em 5 de dezembro deixou 19 mortes, dezenas de feridos, muita tristeza e angústia nos familiares que procuram respostas entre a dor e a revolta de perder um ente querido, ainda sob a suspeita de falhas mecânicas do ônibus.

O jovem pauloafonsino saíra, assim, com tantas outras histórias que se cruzaram no fatídico dia, à procura do 1º emprego. Faria exames assim que chegasse à cidade de destino, São Paulo.

Contudo, mais que uma chance de trabalho, Reginaldo ganhou um bem inestimável: uma segunda chance de viver.

“Eu faria exames na segunda, para trabalhar, seria o meu primeiro trecho na vida”, lembra.

De acordo com as revelações do sobrevivente, o ônibus passou por manutenção no município de Jeremoabo-Bahia:

“Quando o ônibus freava, a pastilha de freio vinha já comendo, desgastada, faltando o freio, os problemas começaram aqui próximo, era um aviso de Deus, acho. Eu não conhecia ninguém, nenhum dos passageiros, só o motorista”, conta, o jovem, acrescentando que na hora da tragédia de fato, como noticiado pela imprensa, um dos motoristas havia pedido para que os passageiros se jogassem.

“Foi muito desespero, a gente ouvia que “não adianta mais”, “já vai morrer”, muito desespero, de idosos, de crianças.”

O veículo despencou de uma altura de mais de 30 metros.

O incêndio dificultou o resgate, continua o sobrevivente:

“Ninguém queria nos socorrer por conta do incêndio, mesmo a polícia dizia que nós teríamos que nos socorrer, um policial me viu sentado e pediu que eu saísse logo, que iria incendiar, eu saí logo, Deus me deu força, eu consegui chegar até a ambulância, e um rapaz me pôs na maca, até chegarmos ao Hospital Margarida, eu fui um dos primeiros a fazer a cirurgia porque não era tão grave. O médico disse que eu era um guerreiro”, detalha a vítima.

Reginaldo fraturou a coluna e fará uso de um colete por três meses até a recuperação.

Em mensagem para as famílias enlutadas e aquelas que o ajudaram o jovem tentou confortar:

“Teve o Gilberto aqui da Prainha que me ajudou, a todos que oraram por mim, pela minha recuperação, que correram atrás, e principalmente meus amigos aqui da Prainha, quero agradecer, o pessoal da Pizzaria, que batalhou pela minha passagem de volta, e aos demais, que eu agora não lembro, que Deus abençoe sempre, de coração mesmo. Sei que será um Natal muito difícil para quem perdeu seus entes queridos nessa tragédia, não é fácil passar o Natal sem o seu filho, seu parente, mas eu desejo um feliz Natal, porque foi uma grande tragédia, chocou o Brasil, Minas Gerais, eu agradeço também aos médicos, ao cirurgião que fez a minha cirurgia, é o segundo Deus, que me salvou.”

 

 

Produção: Thiago Santos. 

 

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