DELMIRO GOUVEIA – O diretor da Cooperativa de Transporte Alternativo da Bahia, Tavares, deu entrevista à Rádio Delmiro FM, e minimizou a farta cobertura midiática dando conta da situação de manutenção e multas que a empresa Localima sofrera antes da tragédia e ainda afirmou que ela não é clandestina já que possui CNPJ. Ao passo que culpou a mídia por, segundo seu entendimento, “Massacrar o pequeno”.
“Se a empresa roda através de liminar, não é clandestina. Mais tudo bem, eu considero seu ponto de vista [referindo-se ao âncora do programa] porque na verdade a mídia só quer massacrar o pequeno, por aí já aconteceu situações adversas e as pessoas alteram muito o relato da situação, O.K?”
Indagado se a empresa [ou o motorista] agiu correto em levar adiante a viagem com o ônibus apresentando problemas mecânicos, Tavares disse que é preciso esperar o julgamento:
“Veja bem, no momento ainda não tem culpado porque não houve um julgamento. Não houve apuração de todo o processo; então quando se apurar todo o processo, vai para uma análise e concluiu aí sim sai a sentença de quem é a culpa, se da agência regulamentadora, da empresa Localima ou mesmo de outro responsável que esteja fazendo esse tipo de serviço porque quem vai dizer é o processo técnico, a perícia.”
Motorista experiente, Tavares explicou que poderia ter sido feito a direção defensiva. Esse tipo de direção livra o próprioo motorista e os passageiros, mas temos que saber sobre as condições do motoristas, de saúde, emocioais, psicológicas e outras; lembrando que haviam outros no ônibus. Nós lamentamos essas perdas, seja em ônibus, van ou avião, foi uma situação que ocorreu e que acontece, nós nunca queremos isso, mas infelizmente do outro lado a legislação não nos dar qualquer segurança, apenas exige”.
A tragédia ocorrida na última sexta 04, em João Monlevade, na Região Central de Minas, deixou o triste saldo de 19 mortos.
Produção Thiago Santos.