PAULO AFONSO – Uma eleição absolutamente fora da curva, com uma difamação sistêmica de um lado, um jovem sonhador do outro, e o centro com um político graúdo que tentava a reeleição.
Tudo certo, se, na parte que partiu para a truculência como lema, não fosse um membro extraído de Luiz de Deus (PSD), sendo, ficou feio.
Mas veio Mário Galinho (Solidariedade) que então fizera uma legislatura açodada pelas redes sociais, mas que, na hora de dialogar com a sociedade, tentando ser prefeito, trouxe o advogado Luiz Neto e moderou a voz, ponderou as críticas, propôs, caminhou e respeitou seu adversário maior, sem lhe dirigir uma única palavra dura.
A sociedade, por seu turno, gostou e valorizou seu estilo. Não basta dizer que mais de 22 mil votos foram de protesto, é injusto e não reflete o recado das urnas. Foram votos refletidos também, foram votos de pessoas que compararam as trajetórias. E sim, foram de protesto, em última instância.
Pelo que Galinho e Luiz Neto fizeram, Deus lhes pague.