PAULO AFONSO – Se os marqueteiros de Anilton Bastos (Podemos) tivessem juízo, teriam evitado que o mesmo passasse o massacre sofrido, na última sexta-feira 30, imposto pelo deputado federal Mário Júnior (Progressistas).
Ou alguém em sã consciência achou que Anilton falaria mal de Mário Júnior e sairia ileso. Coitados. Quem teve a ideia deve se explicar, certo?
Mário Júniou deitou e rolou, disse que Anilton “Arregou”, porque não permitiu o embate concomitante às suas acusações. Mas dizelas com passagem livre, para dizer, sem ser acochado, como poderia ocorrer a outros, não tem preço.
Mal Anilton calou a boca e ouviu isso: “Tudo começou quando ele foi a Salvador [está registrado no PP] pedir meu apoio, para salvar o processo das contas que ele tinha na Câmara [Mário Júnior se referiu à reprovação das contas do ex-prefeito em 2018], ele fala de corrupção e foi ao escritório pedir meu apoio, tá registrado lá, diga que é mentira, foi pedir meu apoio para salvar sua vida nas contas.”
Mário refutou a mentira de que traiu políticos, disse que ligou para outros candidatos, como Mário Galinho (Solidariedade) a avisou que ele, e não Luiz, quis a união.
“Isso ficou claro na live, mas eu entendo o desespero dele, um cara que foi prefeito três vezes e aparecer em 3º lugar na pesquisa, Ozildo, ele ligou três para mim, mas obviamente não tinha mais condições. Ele queria que eu traísse Raimundo Caires, e hoje eu estou vendo o que queriam.”
Em suma, além de enaltecer Luiz de Deus (PSD), ante Anilton, Mário Júnior ainda destruiu tudo o que havia sido dito por Anilton. “Todos falaram que iam acompanhar minha decisão, agora se não forem, vão dizer se não querem, eu não deixo ninguém à vontade.”
Que fique claro: falar mal de Mário Júnior nessas condições nunca é bom negócio.