Paulo de Deus x Anilton Bastos: a rivalidade que rachou o grupo político mais importante da região terá a disputa final

PAULO AFONSO- A rivalidade entre os políticos Paulo de Deus e o pré-candidato a prefeito Anilton Bastos (Podemos) dura mais de 20 anos.

Paulo sucedeu a Anilton que, com intervalo da gestão de Raimundo Caires (Progressistas), voltou a ser prefeito em duas gestões.

Há cinco anos, ainda na preparação para o pleito de 2016, no clímax do acirramento entre os adversários, Paulo se filiou ao MDB e chamou Anilton de “frouxo” tornando pública uma rinha que seguia nos bastidores, mantida em banho-maria pelo líder do grupo, Luiz de Deus (PSD).

Dali em diante não teve santo que desse jeito para o grupo manter as aparências; Luiz de Deus  para não ver a vaca ir totalmente para o brejo, entendeu – e o tempo mostrou seu equívoco-, que sem a prefeitura não seria possível ganhar o pleito, optando por sair pré-candidato a prefeito do lado de Anilton. O ex-gestor soube usar fortemente a máquina garantindo a eleição de Luiz na rapa, com Paulo perdendo por pouco mais de 2.700 votos.

Aquela disputa tornava o pleito uma questão pessoal entre Anilton e Paulo. Passaram-se quatro anos, mudaram-se algumas peças no jogo, Luiz detém uma melhor avaliação e Anilton não tem a prefeitura. De novo, Paulo jogará contra Anilton, e não resta qualquer dúvida que se trata da batalha final.

Em primeiro lugar, se Anilton for vencedor vai moer todo e qualquer apoiador de Luiz, até porque não  lhe deve favores.

Não sei se se pode dizer o mesmo de Luiz, se bem que é um apelo do grupo jovem que o rodeia: livre-se dessa herança!, mas é preciso observar que Luiz não demitiu um terço das pessoas ligadas a Anilton. A lista passava muito de 500 pessoas.

Contudo, para ambos, há o risco de derrota: Mário Galinho corre por fora e pode dar o xeque mate.

De qualquer maneira, o grupo Deuses como conhecemos, a partir de 2020 não existirá mais.