PAULO AFONSO – Nos próximos dias, Anilton Bastos (Podemos) deverá anunciar seu acordo político com Raimundo Caires (Progressistas), leia-se: Mário Júnior, para tentar tirar de Luiz de Deus (PSD) a cadeira de gestor da cidade mais importante da região norte da Bahia. Com orçamento idem.
Para Anilton, caso a chapa se concretize, demonstra articulação e persuasão política jamais vista. Para Caires, será um cálice de fel, porque lhe tira as eternas lamúrias com as quais ainda sustenta sua base eleitoral.
Afastado do poder há 12 anos, são suas ações no âmbito social que lhe dão a condição de pêndulo. Para onde balançar pode sim ser decisivo. Nenhum outro grupo tem uma personagem com poder de arregimentar apoiadores apenas com o legado que deixou, sem prescindir do caixa.
Como vai poder, a partir do acordo, culpar Anilton por ter destruído tudo o que ele fez?, como de costume.
A Casa do Homem do Campo, “ele fechou e era um grande apoio para o pessoal da área rural, disse que era um hotel de luxo”, discursa Raimundo sempre, sempre. Fosse como fosse, Caires tem a quem atribuir o rescaldo de suas políticas públicas descontinuadas, “fechou a maternidade…”
Agora, em vez de sujeito determinado, quando toca no assunto, Caires diz “eles”.
Diga-se: o apoio de Caires, eventualmente a Anilton, só será revertido nas urnas com a manutenção da pré-campanha de Mário Galinho (SD). Do contrário as coisas se complicam, ainda que, sabidamente, quem está no poder detém os meios de fazer reversão, até as mágicas como já se assistiu aqui. Convém, não pagar para ver.
Um comentário
Vão derrrubare LD é estamos juntos anilton na cabeça é caires tambem junto com deputado Mário Júnior estamos juntos