PAULO AFONSO – A sociedade pauloafonsina não acompanha pari passu os dilemas enfrentados pelo poder público nesse momento delicado de enfrentamento da pandemia do Covid-19, porque são tantas coisas que fica realmente difícil observar causa e efeito, do que o prefeito Luiz de Deus (PSD) faz para evitar o mal maior que é a perda de vidas para o coronavírus.
O Sistema de Comando de Incidentes, que reúne o secretário de Saúde, Ghiarone, da subprefeitura do BTN, Luiz Humberto, o procurador do município, Igor Montalvão e o relações governamentais, Dernival Oliveira, recepcionou os novos agentes da vigilância sanitária, que hoje tem um quadro com 30 funcionários, anunciou novas medidas urgentes para evitar aglomerações e mais precaução nas barreiras sanitárias, além, evidentemente de agradecer a cada um deles, pelo empenho na labuta.
Luiz Humberto conversou com o Painel e avaliou as ações do município nessa cruzada contra a pandemia.
O secretário anunciou a compra de 4 mil testes rápidos e de 8 respiradores para os primeiros leitos de UTI, e lamentou o oportunismo de fabricantes que agora extrapolam no preço.
“Até contra isso nós precisamos lutar, porque um teste desse que custaria de R$ 30 a R$ 40 reais, compramos a R$ 130; cada respirador que no início da crise custava 52 mil reais, o preço chegou para mim a 130 mil reais, e vamos ver se conseguem logo para entregar, então é um momento muito difícil. Até agora não aconteceu nada em Paulo Afonso, ponto, mas não é porque não aconteceu nada que vamos permitir que aconteça”, disse Luizinho.
Em relação ao afrouxamento da quarentena imposta pelo prefeito Luiz de Deus, de mais 15 dias, que vem sendo questionada pelo setor lojista, o secretário disse que a prefeitura não se fecha ao diálogo.
“Nós analisamos esse primeiro momento, e agora estamos no segundo momento, agora as pessoas continuaram vindo a Paulo Afonso, as barreiras sanitárias nós não conseguimos efetivamente um bloqueio como desejávamos que acontecesse, por uma série de fatores, por exemplo: a Policia Militar quer ajudar, está aí, mas precisa que o comando autorize – agora veio a determinação-, a Polícia Civil e a nossa Guarda Civil Municipal reforçando tudo, mas não é para punir ou castigar, mas para termos força caso precise agir.”
A questão econômica
“É lógico que isso causa impacto. Se nós mantemos o supermercado aberto, porque as pessoas precisam comprar o seu alimento, precisam de uma fonte de renda, encontrar esse equilíbrio é o x da questão, é por isso que a gente passa pelo momento de estresse, e precisamos contar com a compreensão de cada um, agora não pode ser ao bel-prazer de cada um, atendendo interesse particulares, isso não. Não foi o prefeito quem determinou o que é serviço essencial, foi o mundo. Fomos mais duros no primeiro momento e agora houve uma flexibilização.”
As falhas no segundo decreto
“Houve, apesar de estar implícito que as não excepcionalidades podem ser discutidas com o secretário [Ghiarone] eu já disse isso aos empresário que conversaram comigo, percebo o desespero como se fosse o final do mundo e não é. Alguns casos foram conversados comigo, e nós não podemos impedir que o comerciante receba o recurso do que ele já vendeu, até porque ele precisa para pagar suas despesas, é preciso ver a melhor forma de fazer para evitar tumulto.”
De acordo com Luizinho, os donos de óticas argumentaram que precisam fabricar as lentes dos pacientes e que o fato de estar fechadas poderia prejudicar a saúde deles.
“São muitas óticas em Paulo Afonso, mas note que é um segmento comercial que não há muito movimento, é um setor tranquilo, diferente de lojas que vendem sapato, confecções artefato de couro etc., o nosso receio é de evitar essas aglomerações. ”
Acredito que as aglomerações que se formaram esses dias, deram margem para questionar a quarentena só para o setor lojista.
Não sabemos de onde saiu essa história de que vai faltar comida. Não vai faltar nada. O abastecimento, o transporte de carga – as essenciais- entram no município sem qualquer problema. Agora as pessoas precisam entender que não compete ao município contratar pessoas para controlar fila em bancos, até porque eles lucram uma enormidade e têm a obrigação de custear isso; de supermercados de A ou de B, que estão faturando muito e até, ficamos sabendo, aumentaram os preços, coisa que o Procon deve estar atento, isso não é para a prefeitura. Ou eles são parceiros ou não são, e se não for nós vamos fazer entender que cada um tem sua responsabilidade.
A importância dos decretos
Os decretos têm a responsabilidade de manter a saúde e a vida das pessoas. Nós precisamos evitar a todo custo aglomerações, eu tenho repetido sempre que não vamos conseguir 100% de sucesso, acho que Paulo Afonso não foi escolhido para ser o paraíso em meio ao caos, mas com responsabilidade, com diálogo podemos minimizar.
Um comentário
Ate a presente data a prefeitura não fez o básico cade as mascaras o álcool em gel .