PAULO AFONSO – Alguém que aceite a tarefa de ser canditato a prefeito pelo Partido dos Trabalhadores tem duas grandes batalhas concomitantes: uma dentro do ninho, e a que se deve ter com o adversários externo, sempre menos perigoso.
O fato é que Luiz Neto, pré-candidato a prefeito pelo PT, agrada muitos seguimentos do petismo ou simpáticos à esquerda, mas sua pré-candidatura vai de encontro à intensão de membros do miolo do partido de onde sai o acordão com o prefeito de turno e/ou candidato mais provável de ganhar a eleição.
Essa ala não tem cerimônia do povo. Tanto faz para eles que o partido permaneça o lar do fisiologismo desde que asseguradas a teta sagrada.
“Eu tenho esperança de que resolvamos isto porque se trata da sobrevivência do partido”, comentou Luiz Neto, no café da manhã do colega pré-candidato a prefeito de Glória, Cícero do Ovo, na Granja.
De acordo com o repórter Francisco Sales a dissidência hoje se concentra em poucas pessoas. “Pode ter certeza que não passa de três ou quatro pessoas ali, e o PT é muito maior que isso.”
Em Glória, o presidente Humberto também enfrentou problemas com duas candidaturas, mas com a chegada de Cícero conseguiu apaziguar. “Nós tínhamos a intensão de lançar pré-candidatura há muito tempo, mas duas não vingaria, então enxugamos e estamos fechados com Cícero”, disse.
Pois é, se PT de Paulo Afonso caminhasse no mesmo sentido do de Glória, pelo menos Neto só teria que disputar uma eleição.