PAULO AFONSO- Apesar de ser humilhante para a secretária de Saúde, Renata Fernandes, a explicação do vereador líder da oposição, Jailson Oliveira (Progressistas), ontem, sobre o não comparecimento dela à convocação da Câmara, é consensual.
Todos dizem a mesma coisa: Renata não foi e não iria sob nenhuma condição, porque o prefeito Galinho (PSD), não confia em sua capacidade de escapar ilesa do escrutínio. Dito de outra forma: nem ela, e muito menos ele. Sobre quem, de qualquer maneira, recairiam todas as denúncias que seriam apontadas.
A ausência de Renata, entretanto, revela mais do que a sua presença. Um governo que mal deu os primeiros passos e já se sente nas cordas. Correndo do único vereador que se faz reconhecer como tal.
“O problema é que o prefeito não quer gastar com saúde. Ele fechou parcialmente o centro cirúrgico do Nair – porque as cesarianas continuam acontecendo – para não pagar 3 mil reais por plantão médico”, diz Jailson.
E acrescenta: “Então o prefeito veio aqui e anunciou o convênio com o qual seriam realizadas as cirurgias eletivas no Hospital Núcleo Vida, esse convênio com recurso do governo federal por meio do governo do estado, e agora, nem um, nem outro”, pondera o líder.
É um retrato do momento, demonstra Jailson. A gestora da saúde não apareceu e, de resto, a população ficou sem saber o porquê de ainda não ter os insumos necessários para que a rotina de atendimentos dos postos médicos volte à normalidade.
Para a população a vida continua um hiato. Não tem secretária, nem prefeito, muito menos reconstrução.