PAULO AFONSO- Sessão ordinária, após sessão ordinária, a transmissão do Legislativo registra cenas de fazer corar a face de quem ainda tem essa capacidade, digamos, orgânica, da sem cerimônia.
Nesta segunda (12/mai), para ficar apenas em dois exemplos, o presidente da Casa, Zé de Abel (PSD), disse com todos os efes e esses que quem grita é “canalha.”
“Eu gostaria de pedir a vocês que se manifestem de outra forma, gritar é coisa de canalha”, se for por aí, o que dizer dos companheiros que usam a tribuna com toda a força do pulmão?
Por que o grito dos sem-rescisões incomoda tanto o presidente?
Graças a Deus que mesmo com fome, estes que não receberam os direitos trabalhistas ainda podem gritar, pois que gritem até a última sílaba para testar se alguém os ouve. Especialmente àqueles que juraram representar o povo, recebem 17 mil reais e não fazem rigorosamente nada para ajudá-los.
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Nunca a culpa pode ser do prefeito Galinho (PSD)- Na Caiçara não se matou mais as galinhas caipiras e foi dito na Câmara Municipal que a culpa era do governo de Marcondes, que havia gastado o recurso do convênio com o governo do estado. A mentira ficou de pé por alguns minutos. E, logo, um extrato do banco do Brasil revelou mais uma tentativa de puxa-saquismo asquerosa que tem como finalidade imacular o prefeito a fim garimpar simpatias. Deus com os burros n’ água.
Vejam a prova dos nove de que a gestão passada não gastou o recurso do convênio: