PAULO AFONSO- Findada a sessão ordinária da Câmara Municipal, desta segunda (07/abr), manchete hoje no Jornal da Manhã da Globo, pela balbúrdia causada por um apoiador do prefeito Galinho (PSD), retirado pela PM da Casa, sob gritos dos protestantes (que cobram o pagamento das rescisões contratuais); aconteceu uma reunião de cerca de 3 horas na sala de reuniões da Casa, no 1º andar, entre os vereadores.
Na pauta, foi discutido até quando, o presidente Zé de Abel (PSD), vai levar as sessões como se lá, fora a casa da famosa mãe, sim, aquela senhora, já manjada dos textos jornalísticos. Contudo, se me permitem um pouco de sinceridade, desta feita, não é culpa dele.
O que Zé pode fazer se 1. 400 pessoas foram despejadas nas ruas de uma hora para outra, no que se configura a maior farsa eleitoreira da história?; e mais: o parlamento, assim está escrito, é a Casa do povo, dos dilemas do povo, e a fome é um dilema humano, premente.
Eu estava dizendo que a reunião acontecia no 1º andar e já durava mais de uma hora quando, um parlamentar sugeriu, segundo testemunhas, sob o mais duro anonimato, que fosse criado um Projeto de Lei à semelhança do que anda pelo Congresso, para aposentar vereador a partir do 3º mandato. Ou por outra: sabendo que vão perder a mamata pelo voto, arrumar um jeito de ficar pendurado no erário pelo resto da boa vida.
Além dessa, digamos proposta, teve o ponto nevrálgico: servidores cujos salários ultrapassam 20 mil reais, quando somam salários e penduricalhos, acumulados pelos longos anos de serviços.
“A pressão sobre Zé de Abel foi pesada. Mas ele murchou os ombros e disse que já recebeu assim do seu antecessor, Macário”, acrescenta a fonte.
O Painel teve acesso ao contracheque que comprova o montante. Não exporemos. Os vereadores querem mais economia com salários de servidores e maior repasse aos gabinetes que, de fato, se comparado aos anos anteriores têm orçamento menor: 22 mil reais. Obviamente que isso ocorre em razão do aumento dos gabinetes, já que o número de vereadores passou de 15 para 17.
Nota à margem: Recebi um telefonema no domingo à noite, e, em caráter reservado, um vereador desabafou: “Não suporto mais olhar a cara do vice-prefeito na Câmara, ele só falta agora ter um gabinete lá.”