PAULO AFONSO- A esta altura dos acontecimentos, a sociedade se pergunta: que espécie de transição foi esta, realizada pela equipe de governo do prefeito Galinho (PSD)?
Passava pouco dias da eleição, e como é comum às gincanas colegiais, o então prefeito eleito determinou uma “invasão do governo”, por àqueles que seriam seus secretários. Foi uma atitude imbecil, mas própria de quem não tinha atinado ainda sobre o que significa ser gestor.
Eis que, no tempo propício, a 02 de dezembro, iniciou-se a transição que, a saber: além de garantir a transparência do gasto público, deveria propiciar o bem-estar da população e dos servidores na operacionalidade da máquina pública.
Nem um nem outro. Os relatos são inacreditáveis. O prefeito, quando acuado pelas denúncias da população, age à reboque das redes sociais, e se compromete que fará isso e mais aquilo etc… e tal. Contudo, já deixa evidências de que faltou e falta o gestor. Ou por outra: ser prefeito exige mais do que gravar um vídeo.
Samu com fome
Só para se medir o que se passa na prefeitura, funcionários do Samu, cujo plantão é ininterrupto, para não trabalhar com fome, desde 1º de janeiro, precisam comprar a comida, porque o fornecimento [da terceirizada] foi cortado. Estão com fome lá, médico, enfermeiros, técnicos de enfermagem, atendentes do telefone, vigilantes e os trabalhadores da limpeza.
“A gente compra a comida para não ficar com fome de dia ou de noite”, diz uma funcionária sob a mais severa reserva a esta jornalista.
Em tempo: a pediatria do BTN também está faminta.