PAULO AFONSO- Quem julgou que o vereador Marconi Daniel (PT), estava abatido e sem perspectiva após não ter conseguido êxito na eleição municipal, quando se candidatou a prefeito, enganou-se redondamente.
Daniel é uma prova de que há “perdas” e “ganhos” em tudo na vida, e, de forma relativa. Marconi está em pleno vigor, como única voz a ir de encontro ao escandaloso salário aprovado pelos colegas na última semana. Os vereadores se deram aumento de 41% (5 mil reais) em votação de causar espanto, até para quem já está acostumado à trambicagem.
Excluído do processo, Daniel segue na Casa sendo perseguido, tendo repetidas vezes sua fala interrompida, sendo ignorado quando perde apartes. Em resumo, o vereador se tornou uma espinha na garganta dos que deram de ombros para os problemas da cidade e foram encher os bolsos.
Na aguardada sessão desta segunda (02/dez), falando em nome da indignação geral da população, Daniel deixou claro: “Nunca disse que esse aumento é ilegal. Mas é imoral, e foi aprovado sem que eu tivesse tido o conhecimento, sem seguir todos os protocolos e sem a leitura obrigatória”, afirmou ele na tribuna.
O vereador acrescentou que já solicitou toda a documentação da Mesa Diretora e que vai lutar na Justiça contra o reajuste. “Ora! Mais de 17 mil reais, enquanto isso o pai de família está com um salário mínimo sem perspectiva, sem esperança de ter um aumento, e eu nunca vi tramitação igual a que aconteceu aqui.”
A exclusão do vereador do esquemão
“Quero compartilhar com vocês o quanto eu sofro perseguição dentro dessa Casa, o quanto eu sou excluído. O que fizeram com o meu pedido de desarquivamento das CPIs, e agora com esse projeto do qual eu não tive conhecimento, vejam que minha assinatura não está aqui”, reforça o vereador.
Daniel seguirá guiado pela sua assessoria jurídica e, nos próximos dias deve atualizar os cidadãos calejados sobre a ação judicial.
Em relação aos projetos de suplementação aprovados nesta segunda, o vereador pontuou várias situações de atraso: clínicas, músicos e fornecedores. “Nunca vimos o nosso município com tamanha penúria, mas eu fiz a minha parte fiscalizando, denunciando e cobrando. Não vou parar”, alerta.