PAULO AFONSO– É possível dizer sem temer: são três vencedores no pleito deste ano: o vice-prefeito Pedro Macário (PSDB), tem tudo e vai abocanhar mais, e agora, o homem de confiança de Galinho (PSD), Zé de Abel (PSD), digo agora, porque até bem pouco tempo, Zé fugia do oficial da Justiça para não instaurar a CPI da Saúde, como o diabo da cruz e, em consequência disso, teve as contas bloqueadas pelo juiz Cláudio Pantoja.
O presididente da Câmara ficou sem poder comprar uma bala, mas garantiu o tempo suficiente (até nova liminar do TJ-BA) para que a família do então prefeito Luiz de Deus, não pisasse na Câmara, a fim de dar explicações sobre os gastos da pasta da Saúde, no período da pandemia, que, como é sabido, até os dias de hoje maltratam o povo.
A família de Luiz de Deus: os secretários Luiz Humberto e Cíntia Rosena, Saúde e Sedes, respectivamente, que seriam convocados, felizmente ficaram ilesos, sobre depoimentos na CPI.
Diga-se de passagem que, Zé inspirou-se em Macário- no caso desse, foram 10 dias cozinhando a ordem da Justiça para a mesma finalidade.
Agora, diz a imprensa, como Zé é de confiança de Galinho, será o indicado dele para continuar à frente da Câmara Municipal. Ou seja, será recompensado pelo que fez em seu passado recente.
De acordo com Marconi Daniel (PT) trata-se do “chapão”, traduzindo: ganha tu, ganho eu, e ganhamos nós.
Ou por outra: malandro é malandro e Mané é Mané, pode crer que é!
O terceiro ganhador da eleição ficará conhecido nos próximos dias, quando for anunciado o secretariado de Galinho. Dizem que ele terá tanto poder que, o prefeito dos 32 mil votos, vai apenas dizer “amém”, “é isso mesmo, etc. etc.”
É inacreditável como a tal da “reconstrução” não moveu uma vírgula sobre os poderosos políticos amigos do peito de Luiz de Deus e Paulo de Deus, que, agora, resta evidente, estão mais empoderados ainda.
Diga-se quantas vezes forem necessárias: Galinho não tomou posse ainda, mas já manda na Câmara como se lá fosse um puxadinho da prefeitura.
O cabresto da nova era é tão forte que, até projetos votados à luz do dia, mudam de nome, como foi o caso do requerimento que pedia o desarquivamento das CPIs, virou “ofício”.
Nesse caso cumpre perguntar: quem foi malandro e quem é o otário da história?, com a palavra o eleitor.