PAULO AFONSO– Políticos obviamente não gostam de perder. Mas o que aconteceu nas últimas semanas no município não há correlação na história. Simplesmente Marcondes (Progressistas), ao perder a eleição para o adversário Galinho (PSD), fechou-se em copas e, fora do gabinete, onde não existia mais orçamento e todos os problemas estruturais da prefeitura se aprofundaram.
O retorno do prefeito aconteceu esta semana, segundo aliados, com abalo extremo e, inclusive, teria chorado diante dos vereadores.
Durante a ausência de Marcondes
Restaram alguns secretários com a dura missão de resolver problemas, em sua maioria de articulação política junto à Câmara Municipal, sem que fossem preparados para isso, em primeiro lugar, porque só articula alguma coisa quem fala em nome de alguém, e, nesse caso, não havia esse “alguém”, por quem falar. Não havia nada. Ideia nenhuma!
Passaram por isso de forma corajosa, Kleyson Barbosa, do Planejamento, Marcelle Amâncio (Finanças) e Alexei Vinícius, gestor da Saúde, pasta atingida frontalmente com a crise orçamentária.
Não é segredo para ninguém que, desde a pandemia, não há recurso público suficiente para atender a pasta, em razão das despesas do Hospital Nair Alves de Souza. Daí por que a prefeitura viver em estado de crise financeira permanente. Alexei, como é sabido, não teve qualquer envolvimento nessas questões de assunção do Hospital. Assumiu a pasta por questão de confiança do atual prefeito.
O secretário teria alegado cansaço e muita preocupação com a iminência de pane nos hospitais tendo como consequência a perda de vidas. “Alexei se viu sozinho e respondendo por situações que ele não criou, não fugiu do problema, mas entregou a carta de demissão ao prefeito”, disse ao Painel uma fonte ligada ao secretário na condição de sigilo.
O fato ocorreu no começo da semana, portanto, antes da reunião consensual desta sexta na Câmara Municipal, que teve como resultado o pagamento da folha da Saúde e outras providências. “Alexei está abalado e não se considera mais secretário”, resume a fonte.