PAULO AFONSO- Nesta segunda (21/out), após uma semana com graves denúncias sobre assistência de saúde à pacientes internados no Hospital Nair Alves de Souza – pessoas precisando de remoção- o vereador Marconi Daniel (PT), incansável ao lado dessas famílias, acusou a Câmara Municipal de ter sido complacente ao longo desta legislatura com a prefeitura, evitando a CPI e colaborando com a falta de transparência sobre os recursos da Saúde.
“Antes de ser barrada na Justiça, a CPI da Saúde foi barrada aqui na Câmara. Não permitiram que a gente investigasse esse governo. De janeiro de 2021 até agora, éramos três vereadores da oposição e se tornou 10, mas não tiveram coragem de abrir uma CPI para fiscalizar o dinheiro do povo; não houve nessa tribuna qualquer manifestação por parte desses vereadores que se dizem oposição. Não é oposição e quem está perdendo é o povo de Paulo Afonso.”
A compra de votos
Os milhões da eleição. O vereador desafiou sem citar nomes, mas disse que reúne se for necessário, as provas do tamanho que foi a compra de votos no pleito. “A gente anda por aí e é só que ouvimos ‘nunca vimos tanto dinheiro numa eleição’”.
O costume de antes, era o de discutir os problemas da área rural, de discutir o bem, a saúde e a educação, pondera Marconi, e acrescenta: “Mas nesta eleição não tivemos esse direito, foi uma política do que eu posso garantir para o outro, deixando o futuro da cidade incerto.”
O vereador afirmou que houve até um milhão de reais de patrocínio. “E procede. Não me aperte muito que eu começo a dizer nomes. Outro fala em um milhão e meio. Ninguém venha me dizer que é mentira, porque eu levo às casas das pessoas que foram comprar com saco de cimento, caixas d’ água e cestas básicas. Inclusive tentando arrancar votos que eram do seu filho (referindo-se ao vereador Zezinho).
Uma campanha de financiadores
“Aqui foram vários financiadores das campanhas que estiveram em Paulo Afonso e estão deixando nosso futuro incerto. Hoje para você ser prefeito é só se aliar a um consórcio de apoiadores, a um consórcio de apoiadores e comprar uma cadeira de prefeito. Nós sabemos muito bem como foi arquitetado esse projeto político, que não tem nada de político, mas de ganância.”
Deixando evidente que estava falando do prefeito eleito Galinho (PSD), Daniel mirou Keko (Avante) e afirmou: “Você ficou de fora Keko, porque não era o predileto, não era o querido nem o favorecido. Nem foi àquele que eles queria do lado.”
“Serei fiscal, quem quiser comemorar que comemore, agora esse modelo de política não podemos deixar acontecer, pois tira a dignidade e corrompe o cidadão. Sai Luiz e entra Galinho de Deus.”