PAULO AFONSO– Habituada a Câmara, nesta noite (22/ago), a agente comunitária de saúde, Maria Joselha, não estava na Casa Legislativa com reivindicações para a classe a qual representou e lutou para melhores condições de trabalho como presidente do sindicato por muitos anos.
Joselha estava ao lado do marido Abelardo, de familiares e amigos, para ser homenageada com a honraria de Título de Cidadã Pauloafonsina, de autoria do vereador Gilmário Marinho (PSD), aprovado por unanimidade e, como afirmou o parlamentar, “com raro merecimento”.
Natural de Santa Brígida, a agente de saúde chegou para morar em Paulo Afonso ainda criança, aos dez anos de idade, e no BTN.
Nascida em comunidade rural e de origem simples, em Paulo Afonso ela estudou e criou laços de amizade que foram se solidificando ao longo do tempo, por meio do trabalho, da igreja católica – na qual Joselha é uma forte liderança- pela filantropia e, sem dúvida, pela atuação como agente comunitária de saúde de destaque.
O marido, amoroso e feliz pelos 16 anos de união, destacou a mulher dedicada que o ajudou na pior hora: “Quando tive câncer de próstata e você cuidou de mim”, também fez referência à profissional dedicada, “começa a trabalhar às 5 horas da manhã, sozinho e em silêncio”, e à mulher de igreja, “O que fazemos pelo próximo não divulgamos.”
Profissionais de saúde presentes à sessão e amigos de profissão também referenciaram Maria Joselha no seu ativismo para melhorar as condições de trabalho da classe. “Você iniciou com um grupo de jovem “Amigos de Jesus”, foi agente de saúde no BTN, no São Vicente – embora tenha ficado pouco porque assumiu o sindicato dos agentes comunitários de saúde, nós, agentes, somos testemunhas que Joselha deu seu sangue pela categoria”, reconheceu a amiga.
Joselha enquanto presidente lutou pelo concurso para mais contratações uma vez que há uma enorme defasagem; pelo plano de carreira da categoria; piso salarial etc., galgou algumas conquistas, reconhecida pelos colegas, mas deixa claro que a classe precisa de muito mais.
Amizade com o vereador Gilmário vem de uma longa data, quando ainda eram jovens. “A sua filha [disse Gilmário se dirigindo à mãe de Joselha] é uma luz, aonde ela chega, ela não é problema, é solução, ela vai e resolve. Ela se debruça nas amizades, no trabalho e na igreja, sempre foi destemida”, enfatizou o vereador, emocionado.
Joselha chegou a concorrer com a mãe, no concurso que fez em 2002. “Mãe tirou em segundo lugar”, conta.
“Eu deixei um lugar marcado no coração das pessoas com quem vivi. Fui feliz no Santa Inês, assim como fui no São Vicente; como membra e coordenadora da igreja, como liderança do grupo de casal, da conferência vicentina, catequista e me dediquei a um grupo de crisma até fundar o sindicato em 2011”, relembrou e acrescentou:
“Eu queria começar do zero, e fui puxada para a equipe do Siriema”, disse, sobre o novo local de trabalho. “Eu estou bem e fui muito bem recebida pelos moradores, fui acolhida pela equipe, são ciclos de vida que passei cada um com a sua história. Estou muito agradecida a Deus.”
Fotos: ASCOM/Gilmário Marinho.
