PAULO AFONSO– Não é segredo para ninguém o quanto o pré-candidato a prefeito Marconi Daniel (PT) se recente de não ter tido o apoio de nenhum colega da Câmara para a sua empreitada, especialmente o da vereadora Evinha (Solidariedade) que fechou com Galinho (PSD).
Hoje, na última sessão do semestre da Câmara, as mágoas vieram à tona. Daniel insistiu na sua pregação contra a oposição que, resta claro, ele não faz parte. É preciso dizer exatamente o que ele é?
Marconi acusou o grupo oposicionista de “Ser um grupo só, um corpo só que não tem qualquer diferença”, referindo-se aos vereadores e ao prefeito Marcondes (Progressistas); ainda acrescentou que é alvo do grupo e cobrou ações da oposição sobre a CPI.
Evinha ficou furiosa e foi para cima de Daniel exigindo que ele cite quem da oposição está favorecendo ao prefeito Marcondes?
“Eu sempre fiz oposição do meu jeito, falando de forma tranquila, sem gritar porque entendo que a população precisa de fatos, então sempre analiso com a minha equipe […] eu gostaria vereador que o senhor explicasse de qual forma a oposição é uma extensão da prefefitura?, porque da minha parte eu nunca fui, o senhor já foi, mas eu nunca fui, e não me coloco nesse lugar”, respondeu Evinha.
Aqui cumpre dizer o seguinte: Daniel há muito passou de ser tirado da bancada de oposição, mas vem sendo inexplicavelmente poupado. Toda sessão ele detona todo mundo porque não tem o apoio de ninguém.
Cumpre também observar que, se o deputado Bacelar (PV) não tivesse apoiado a pré-candidatura de Daniel nada disso estaria acontecendo.
A vereadora cedeu 2 minutos a Daniel para que ele pudesse se manifestar e, durante esse tempo ele só falou de CPI sem conseguir organizar o revide – como faz quem não tem razão.
Eis que fez, quando o clima esquentou, Marconi disse que Evinha mandava em Zé de Abel como se o presidente da Câmara fosse um canoeiro. “A senhora está desrespeitando o presidente vereadora!”, disse e repetiu.
“A senhora manda no presidente!”
“Continua falando, olha a falta de respeito desse vereador”, retorquiu Eva com ira e, ao mesmo tempo, bem debochada.
Zé interveio no lance, infelizmente, e acabou o esquenta junino. Contudo, a vereadora Leda (PSDB) que não tinha nada a ver com a história, para lembrar o poeta, fechou a discussão chamando a geral para a briga: “Uma linda discussão sem necessidade.”
Ao contrário do que afirmou Leda, foi maravilhosa.
