PAULO AFONSO- A falta de carne no Restaurante Popular, de insumos, de remédios, de transporte para estudantes, atrasos no pagamento de terceirizadas etc., ganhou finalmente um número: 14 milhões de reais.
A informação foi passada pela chefe da Fazenda, Marcelle Amâncio, agora há pouco, na Câmara municipal, quando questionada pela vereadora Evinha (Solidariedade). Marcelle está falando de números como se atrás deles, não houvesse a política. Um, porém, advém do outro.
Muitos dos empresários que estão na bancarrota confiaram no compromisso que Luiz de Deus (prefeito licenciado) teria para com eles, investiram e hoje choram muitas noites sem saber como será o amanhã.
Foi impressionante a resposta de Marcelle para justificar o porquê de a prefeitura ser criteriosa no pagamento de algumas empresas, enquanto outras estão há anos sem receber pelo serviço: “Não sei, a partir de agora será diferente.”
Assim como será diferente, garantiu ela, o pagamento de férias e rescisões, que nas gestões de Luiz de Deus e de Marcondes, são como pés de cobra.
Enfim, a prefeitura deve a perder de vista, isso significa dizer que sim, a próxima gestão já está comprometida com os 100 milhões e mais esses 14 mi, que dificilmente serão abatidos a tempo de um novo governo, seja de quem for.
Em relação aos devedores da prefeitura, segundo adiantou Marcelle, a Chesf está para fazer um pagamento de 20 milhões de reais, ainda sem prazo terminado. Não é pouco dinheiro, fica claro que, sendo bem administrado haverá condições de socorrer os fornecedores que estão há mais tempo no escuro.
Foto ASCOM/CM