PAULO AFONSO- Era o início da legislatura do ano de 2021, e o prefeito Luiz de Deus hoje licenciado e em grave estado de saúde, participara da sessão de abertura por vídeo chamada.
Tudo ia bem até que o vereador Marconi Daniel (PT), tomou a palavra e, em tom de desabafo, jogou algumas duras verdades na cara do prefeito, uma delas: o senhor tomou à frente do hospital com intuito de loteá-lo e garantir a eleição. Obviamente que, com outras palavras.
Luiz de Deus, furioso, retrucou-o e pediu as provas de tamanha acusação. Alguns dias depois, tudo estava mais que comprovado pelo vereador e, o resto é história. Basta relembrar que, mal assumira o 3º mandato, Luiz de Deus botou para fora do Nair parte das pessoas que contratou justamente para garantir apoio.
Caso contrário, por que então contratou?; de uma hora para outra essas centenas de funcionários não tinham mais serventia?, restou comprovado que o Hospital, o maior aparelho gratuito de saúde desta região, serviu a um propositivo inclassificável.
Hoje, o Nair Alves de Souza, sob administração da prefeitura de Paulo Afonso, de outrora, grande valia a toda sociedade, não passa de um assombroso aparelho decrépito de saúde, de cujas notícias causam arrepio e medo.
Agora, uma jovem, que fora ter seu primeiro filho, luta por Justiça. O bebê morreu em circunstâncias ainda não esclarecidas, e tudo é dor e tristeza para ela.
Grávida, diz a irmã e tia do bebê, a jovem partiu cheia de dores e, com uma gravidez de risco, viu-se desolada, abandonada e em perigo de vida por longas horas nos corredores do Nair.
Levada a fazer exames, o médico que se recusou a realizar o parto cesáreo, segundo a família, a deixou. Houve a troca de turno e de equipe, daí uma médica a salvou.
É preciso lembrar que, sob essa mesma gestão, já houve denúncias de que pacientes precisaram esperar mais para terem seus bebês, porque não havia a linha usada nas cesarianas.
O mais impressionante de tudo isso, foi o secretário de Saúde do município, Alexei Vinícius, admitir que tal situação chegou ao conhecimento dele pelas redes sociais, quando o sofrimento da família já durava dias.
É dispensável falar dos atrasos dos pagamentos a funcionários das empresas terceirizadas; que o governo do estado não dá a mínima para o município, amparado na burocracia da Justiça, simplesmente lavou as mãos para sua obrigação com a população que o elegeu.
Sem ter mais, no momento, em quem acreditar ou recorrer, a sociedade segue aflita e desamparada à espera de uma mudança ao menos na prefeitura que possa aliviar a barra e dá outra face à Saúde do município.
Obviamente que a equipe que trabalha no Nair não é a responsável pelo estado em que a unidade se encontra. Ao cidadão resta torcer para que o tempo passe e rápido.