PAULO AFONSO- A oposição neste momento reúne 9 vereadores porque faltou tempo à coordenação da pré-campanha de Mário Galinho (PSD) para organizar uma sigla capaz de abrigar os demais vereadores dispostos a abandonar o governo. Por lá, ficariam somente Jailson Oliveira, Leco e Zezinho, todos do Progressistas.
Porém, a debandada de vereadores do governo não pode ser explicada apenas pelo favoritismo absoluto de Galinho, há outro componente que foi de forma crua dita hoje numa entrevista, no mínimo inesperada, do ex-vereador Ivaldo Sales, para justificar sua saída do grupo ao qual estava desde que entrou para a política.
De acordo com as revelações de Ivaldo Sales à rádio Angiquinho FM, o seu filho, Ivaldo Jr., então secretário de Meio Ambiente, estava isolado na pasta desde que Marcondes assumiu o governo. “Ivaldo se queixava a mim de o governo não ter diretrizes, nunca foi chamado para uma reunião”, revela.
Além do isolamento, Jr., segue desabafando o pai, passou por uma humilhação sem precedentes durante um evento na área rural. Na ocasião, o secretário teria sido ignorado e, em seu lugar, foi anunciado o nome de uma colaboradora. Detalhe: Ivaldo estava presente e ficou desolado: “Ele quis sair na mesma hora, eu quem o impedir”, detalha Ivaldo Sales.
Por último, Ivaldo Sales dá a informação que explica tudo o que acontece hoje na prefeitura. Ao visitar Luz de Deus para lhe dá a triste notícia do rompimento e da entrega do cargo do filho, Ivaldo relata que “doutor Luiz apenas ouviu.”
O prefeito licenciado não teve qualquer reação, eis que Ivaldo conversou com a dona Didi. “Eu expliquei tudo a ela”, conta.
São informações muito difíceis, quer para o lado pessoal quer para as questões públicas. No pessoal, pois, política à parte, ficou evidente que o cidadão Luiz de Deus está em estado de saúde extremamente delicado. Um homem que dedicou parte da sua vida à política, e hoje, apenas “ouve” que seu legado está desmoronando. E, pública porque infelizmente, o governante de turno tem sérias dificuldades. Não é bom gestor e politicamente dispensa qualquer comentário.
O governo eleito em 2020 acabou.
Foto ASCOM/PMPA
