PAULO AFONSO- A soberba precede a queda. O provérbio não poderia ser mais cirúrgico quando nos deparamos com a galhofa do pré-candidato a prefeito Mário Galinho (PSD) que, ciente que nada de braçada rumo à prefeitura, nesta noite (03/abr) se deu ao desfrute.
Não passa remotamente pela cabeça do jovem pré-candidato que, parte da vantagem que ele tem, deriva do fato de que “representaria” uma alternância de poder e, com isso, a possibilidade de oportunizar que outros atores políticos emergissem com ele. Tem o povo ao seu favor para mudar a cena, mas está perdido no vício do clientelismo.
Na outra semana se deixou fotografar com Paulo Rangel, conselheiro do TCM. Um pré-candidato a prefeito que, em tese, se eleito, terá suas contas julgadas por ele. Ninguém viu nisso nada de mais. Não obstante, o filho do conselheiro, é secretário do governo do adversário. Vem o questionamento obrigatório: por que ainda não entregou o cargo?
Agora, a patacoada da vez foi ao lado de ninguém menos que Rosendo, figura política folclórica por sua fidelidade canina – para não usar um termo chulo- ao prefeito licenciado Luiz de Deus.
Note que na mesma imagem aparece Pedro Macário (PSDB), o homem a quem Luiz de Deus deve favores que não se sabe se podem ser pagos. Um deles foi ter no amigo a garantia de que não sofreria uma CPI. Todos assistimos os 10 dias nos quais o ex-presidente da Câmara aguentou firme a pressão para abrir a CPI e não o fez.
A preço de hoje, quem representa a alternância é Marcondes Francisco (sem partido), ao menos, com sua notável inabilidade, permitiu que a turma fosse procurar abrigo na freguesia da dita oposição.
Em última instância, é uma lástima observar que, mesmo quando surge a possibilidade de se livrar de um grupo político que pôs o município de volta ao século passado, a cada dia que passa, se esvai no ar um possível governo diferente. São as mesmas caras e o mesmo método.
Para essa gente pouco importa se o pato é macho ou fêmea, mas que venha o ovo.
