PAULO AFONSO- Diferente dos outros dias, quando esbravejante o vereador Zezinho se queixa da quantidade de entorpecentes no Brasil – especialmente a maconha- na sessão desta segunda-feira (25/mar), ele estava igualmente revoltado, para além disso, profundamente abalado.
O motivo é a saúde da sua esposa. De acordo com o desabafo do vereador, “ela vem doente”, mas nos últimos dias piorou até chegar ao ponto de precisar sair do município. O pior mesmo foi a revelação a seguir:
“Ela precisou viajar ontem, as 17 horas para Pesqueira para ser internada lá, e tá internada, eu quero agradecer Zé [referindo-se ao presidente da Câmara] pelo carro que você mandou, viu, saiu deitada, atrás, sem fala, sem anda, deitada, porque é uma vergonha Paulo Afonso não ter uma ambulância para levar um paciente!”, relevou Zezinho, para o espanto de quem acompanhava.
É dispensável questionar, mas é necessário: se um vereador precisou ir ao socorro de outro, como fica a situação de quem não tem um amigo como Zé de Abel?
Eis o ponto. Os vereadores foram solidários a Zezinho e, realmente, é uma situação periclitante e preocupante. “Eu lhe agradeço muito Zé! Pelo carro que você mandou”, repetiu o vereador.
Antes de terminar a sessão, estive com o vereador. Sua preocupação era tangível. Mal conseguiu nos dizer que a esposa saíra da UTI, porém, seu estado de saúde é muito delicado.
O líder da bancada de situação, Leco (PSD), reconheceu as dificuldades com ambulâncias, mas salientou que o secretário de Saúde, Alexei, não tomou conhecimento do problema. “Assim que ele [Alexei] soube providenciou o carro, mas ela já tinha ido.”