PAULO AFONSO_ Três vezes prefeito, Anilton (MDB), posterga o quanto pode, o anúncio de que vai unir forças à pré-campanha para a reeleição do candidato governista Marcondes Francisco (PSD), o acordo, no entanto, é certo, e por uma razão simples: sobrevivência.
Anilton já compreendeu que lançar mão de uma terceira via num cenário há muito polarizado, só vai lhe custar tempo, recursos e desgaste. Não há qualquer dúvida de que a união com Marcondes apresenta-se como trilha segura. Governo é governo.
Há dissabores para ambos os lados. Obviamente que se o prefeito licenciado Luiz de Deus (PSD), estivesse com melhores condições de saúde, Anilton, se valendo do ótimo desempenho nas pesquisas – conhecidas até aqui- poderia tomar a dianteira na chapa.
A ideia de tê-lo como o pré-candidato governista, embora a cada dia mais arrefecida, sobrevive nas bocas de pessoas próximas a ele, contudo, no núcleo duro do governo foi absolutamente descartada.
Marcondes, resta provado, construiu a preferência e, goste ou não, simplesmente precisa aceitar Anilton. Trata-se da famosa união por interesses. Ao menos, nesse caso, não há iludidos.
Desde já, fica a lição: na política, quanto menos amor, melhor.