PAULO AFONSO- O caso de dona Geralda, moradora da Perimetral, foi acompanhado de perto pelo vereador Gilmário Marinho (Podemos). À época, ele era o líder de bancada, e levou o prefeito em exercício Marcondes, precisamente em 25 de abril do ano passado, para averiguar as condições da rua.
Marcondes não se fez de rogado. Não apenas foi como levou o secretário de Infraestrutura, Francisco Alves, para tomar nota da situação e fazer a obra que impedisse novas inundações. Inclusive, deu um prazo a dona Geralda: “Faremos em três meses.”
Os meses se passaram e nenhuma alma viva da prefeitura apareceu mais por lá. Eis que nesta noite, após as fortes chuvas, a casa de dona Geralda e de outros moradores da Perimetral virou cenário de caos.
Hoje, ela voltou a receber o vereador Gilmário, e fez o seguinte desabafo: “Prefeito [Marcondes] eu espero que o senhor faça alguma coisa por nós aqui, principalmente, por mim, aqui está tudo trepado, eu não estou tendo condições de dormir à noite, porque após a chuva, minha casa alagou. Você prometeu!”, relata a dona da casa alagada, Geralda, com voz trêmula.
A dona de casa continua: “Você prometeu que faria o esgoto – pelo menos da minha casa – e ontem eu fiquei sem dormir. Tinha uma criança de dois anos e eu precisei tirar daqui, de dentro do meu quarto, botei minhas colchas grossas e nada adiantou.”
Dona Geralda lembra ao prefeito que, possivelmente, receberá nova visita: “A eleição vem aí e o senhor há de bater na minha porta, e eu vou lhe lembrar a obra que não foi feita.”
“Estou muito triste com vocês que prometeram e não cumpriram”, dessa vez dona Geralda chora.
Gilmário, que levou Marcondes até a casa de Geralda, lamentou o desleixo com a população: “Administração do atraso e da irresponsabilidade”, arremata o vereador.