O maior exemplo do descaso com a educação no Município de Paulo Afonso é uma obra de uma escola no bairro Marina França, iniciada em 2019 e interrompida meses depois. Reiniciada em outubro de 2022 com previsão de término para outubro de 2023, até hoje, a poucos dias do final do ano, a obra não avançou. No local rodeado por tapumes, poucos trabalhadores e muito lixo são a prova de que a educação pública da cidade do Norte da Bahia parou literalmente.
A explicação que os moradores do Marina França gostariam de ouvir da Prefeitura é: onde estão sendo aplicados os R$ 5.280.379,65 destinados pelo Ministério da Educação, para continuidade da obra?
Investir em educação pública é muito mais do que erguer colunas de grandes prédios teoricamente projetados para avançar na qualidade do ensino. Aliás, qualidade e compromisso são termos que passam longe da educação ofertada pela atual Gestão Municipal em Paulo Afonso.
Mas nem sempre foi assim. De 2009 a 2017, podemos afirmar que houve um avanço significativo nas ações voltadas exclusivamente para a melhora do ambiente escolar, e consequentemente garantir um aprendizado de qualidade. O projeto de requalificação e construção de unidades da rede municipal, executado naquele período obteve excelentes resultados, inclusive diminuindo a evasão escolar.
Com a construção do Colégio João Bosco Ribeiro, do Cempa BTN III e da Creche Professor Gilberto Gomes de Oliveira, no Jardim Bahia, o governo anterior passou o bastão com meio caminho do trajeto andado, mas infelizmente, a maratona não continuou.
Por Washington Luís