Uma grande área localizada às margens da BA 210, ao lado do parque de exposições de Paulo Afonso, há muito tempo passa despercebida aos olhos do Governo Municipal. O local onde eram realizadas competições de motocross e bicicross, virou depósito de plantas aquáticas retiradas do balneário Prainha, além de lixo e entulho.
Ponto de referência para quem chega à cidade do Norte da Bahia pela BR 110, em 2018, a área foi destinada à construção do Centro de Iniciação ao Esporte (CIE modelo III), uma parceria da Prefeitura com o Governo Federal, através do Ministério dos Esportes. O equipamento que contemplou o município em 2015, um ano antes das eleições municipais, teve a obra paralisada por duas vezes, e com o último orçamento estimado em R$ 4.031.657,76, é mais uma entre muitas não concluídas na gestão atual.
O projeto do Centro de Iniciação ao Esporte, desenvolvido na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC II) visava ampliar a oferta de infraestrutura, disponibilizando equipamento público esportivo qualificado, incentivando a iniciação nas modalidades ofertadas, em territórios de alta vulnerabilidade social. O complexo desportivo concluído em vários municípios do Brasil, é dotado de pista de atletismo, salto em extensão, arremesso de dardo e um grande ginásio, onde são realizados treinos nas modalidades de ginástica rítmica, judô, voleibol, entre outras.
Paulo Afonso foi um dos 263 municípios contemplados com o CIE, destinado a treinar os atletas de alto rendimento para a prática de atividades físicas, de lazer, educacional e entretenimento. Mas infelizmente entrou na lista de obras inacabadas da atual gestão. O cenário é de um matagal totalmente tomado por lixo e entulho, refúgio perfeito para usuários de drogas. Moradores e comerciantes do entorno dizem que é perigoso passar por lá até durante o dia, devido ao risco de assalto.
Por Washington Luís