A Central de Abastecimento de Paulo Afonso, localizada no bairro Tancredo Neves III, pede socorro ao Poder Público. Inaugurada pelo então prefeito Wilson Pereira, em dezembro de 2004, a Ceasa passou mais de cinco anos esquecida pela gestão seguinte (do ex-prefeito Raimundo Caires), e somente a partir de 2009, durante o governo de Anilton Bastos, recebeu várias obras estruturantes e revitalização de espaços, também importantes ações na área de Administração da Central.
Entre as ações realizadas naquele período, a implantação da Cozinha Experimental destinada à capacitação de cozinheiras e merendeiras, reforma e ampliação do Banco de Alimentos e parceria com produtores e instituições para recebimento de doações, repassadas a entidades socioassistenciais. A instalação de um ponto de autoatendimento da Caixa Econômica na parte interna da Ceasa foi outro benefício conseguido por Anilton junto à instituição financeira.
Mas nos últimos anos, a estrutura caiu de novo no esquecimento e continua se deteriorando, e segundo alguns feirantes ouvidos pela reportagem, a Secretaria Municipal de Indústria e Comércio, responsável pela administração do local, não dá a mínima atenção. E não são poucos os que sequer conhecem o secretário.
“Eu nem conheço esse rapaz. Só sei que é filho de um deputado, mas aqui na Ceasa ele nunca apareceu”, comentou um permissionário.
Com vidraças quebradas, buracos na cobertura e cheiro insuportável nos banheiros, o equipamento público que já foi cartão-postal da cidade, hoje é motivo de vergonha.
Mas o cenário de abandono não se resume apenas ao prédio onde estão localizados os açougues, bares e lanchonetes; no pátio externo, frutas, verduras, legumes e outros alimentos são expostos em bancas totalmente inadequadas para venda de produtos comestíveis, e desprovidas de higiene.
Nos poucos banheiros disponíveis, os usuários de submetem a riscos de infecção, pisando em uma mistura de água e urina, e com a máxima atenção para não pisar em fezes comumente encontradas na entrada.
(Por Washington Luís)