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Paulo Afonso-BA, 23 de novembro de 2024

Linguagem agressiva de Marcondes não combina com o Progressistas e é duramente rechaçada pela oposição

PAULO AFONSO– Num rompante de desespero, o prefeito em exercício Marcondes Francisco (PSD), parece ter ignorado sua vida pregressa, de político contido, para responder num tom acima do tolerável às críticas que vem recebendo pela péssima administração da sua gestão, em parte, e do governo de Luiz de Deus (PSD) como um todo. Porque é preciso ser justa. O desmantelo vigente é a soma dos dois.

Ontem, na inauguração do campo de futebol no bairro dos Rodoviários – obra construída com emendas do deputado federal Mário Jr (Progressistas), contrapartida do governo municipal e emendas impositivas do vereador Macário (União)– Marcondes não mediu palavras para mostrar que manda em alguma coisa e ficou fora da órbita do aceitável.

Empolgado porque conseguiu pagar a folha salarial, disparou: “Entraremos em 2024 firmes e forte e venha quem quiser que nós vamos passar por cima.”

A ser assim, o primeiro atropelado será Luiz de Deus, que vive ao lado do ex-prefeito Anilton Bastos (PV), seu candidato à sucessão, até onde se sabe.

O discurso raivoso, é mais inadequado ainda numa inauguração de um bem público no qual deve prevalecer o comedimento, pois, não se pode usar o recurso público como arma para “passar por cima” de adversários.

A oposição reagiu: “o ódio e a falta de respeito é a única ação que esse governo tem para oferecer. Não tememos ameaças, e estaremos ao lado do povo para o que der e vier, vamos ver se eles vão atropelar 120 mil habitantes”, disse ao Painel, o líder da oposição, Marconi Daniel (PV).

No limite, a fala não combina com o Progressistas. Partido que veio na eleição passada dialogando com todas as frentes políticas; fazendo um mea-culpa pelos posicionamentos que tomou em votações polêmicas que entraram em rota de colisão com o desejo do eleitor regional, enfim, que arrumou a casa às duras penas e foi revalidado nas urnas. O desespero não serve à política, muito menos ao PP.

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