PAULO AFONSO – O fim do poço já é percebido pela população à mercê de uma guerra familiar. Enquanto os Deus decidem se o prefeito tem mesmo condição de passar 30 minutos no gabinete – ao menos isso, né-, o município está bloqueado para negociações nos demais entes. Porque nenhum governo com juízo fará tratativa com um governo tampão.
De um lado há familiares que precisam do retorno de Luiz de Deus (PSD) para ajustar as contas que deixou na prefeitura, e não são poucas, e, do outro, tem àqueles que julgam a volta dele um perigo devido ao seu estado de saúde, sabido de todos.
Enquanto isso o município pena. O governo tampão se preocupa unicamente em aproveitar o tempo que lhe resta – sob ameaça de ter outro político [Anilton (PV)] na preferência do prefeito para lhe suceder, em fazer graça com festas nas quais vão torrar milhões – devendo a Deus e o mundo – e assim, além da distração que gera na população, ainda, quem sabe, alavancar uma candidatura que patina em torno de 2% da preferência do eleitor, segundo a última pesquisa divulgada, na tentativa de fazer algumas cócega em Mário Galinho (PSDB) que, até aqui, ganha sem esforço.
Resta evidente que, nem o governo de Luiz, muito menos o tampão, estão preocupados em resolver os problemas do município. As dívidas da prefeitura chegaram a um nível que, os fornecedores já entenderam que não vão mesmo receber. “A gente não espera mais porque estamos com atrasos de mais de um ano, isso nunca ocorreu na prefeitura de Paulo Afonso em governo nenhum”, avaliou um desses falidos ao Painel.
Enquanto isso, a família fica, no par ou ímpar. O prefeito, é preciso reconhecer, nunca sequer aventou a possibilidade de uma renúncia, acha que pode governar de qualquer maneira, por que, afinal de contas é Paulo Afonso.
O município está precisamente a dois dias de saber que continua o afogamento.