PAULO AFONSO- A essa altura dos acontecimentos, a geração de Paulo Roberto ‘Paulinho’ não esperava está lutando pela coisa mais básica na promoção da cultura pauloafonsina: um local para chamar de seu.
Nesta tarde, aconteceu a posse dos novos conselheiros e suplentes, além da eleição para o presidente do Conselho Municipal de Cultura, na Casa da Cultura, na qual Paulinho foi eleito por, se pode dizer, unanimidade, com 9 votos, uma vez que só o concorrente não votou nele.
Essa geração – ainda lutando- se perde sem poder expressar minimamente sua potencialidade artística porque todos os governos que a acompanharam, até o presente, mantiveram de forma regular um profundo desprezo pelas artes. Qualquer uma.
Há, neste momento, uma reação para que, na próxima eleição, a classe não seja mais uma vez manipulada. Tudo começou com a formação do Conselho Municipal de Cultura que ainda é uma criança aprendendo a andar.
Rogério Xavier, eleito hoje vice-presidente, foi o 1º à frente do órgão, e teve um trabalho minucioso para habilitar o município durante a crise pandêmica e ter na conta o recurso da Lei Aldir Blanc, sem o qual os artistas teriam penado ainda mais; contudo, ele reconheceu ao fim de seu período, que iniciou uma caminhada.
“Tenho um sentimento de realização porque pelo menos criamos o Conselho previsto no Plano de Cultura do Município desde 2018 e só saiu em 2020. O que pudemos fazer, fizemos, aqui temos muita burocracia e normas a serem seguidas, estou feliz com a escolha de Paulinho”, comentou Xavier ao Painel.
Para o novo presidente, o maior anseio é que o CMC traga respostas: “O Conselho passa a ser essa grande representação deles [artistas] e um grande desafio para nós, porque estamos pegando um embrião em fase de construção e ao longo do tempo temos que fazer adaptações e esperamos da compreensão das pessoas tanto dentro do Conselho como fora”, pontuou Paulinho.
É preciso sair da esfera de espectador, prossegue Paulinho: “Será uma gestão democrática e participativa com todos, não tem como construir sem ouvir os membros, suplentes e a sociedade.”
“Nós estamos para fomentar, ajudar a criar e dar a maior transparência possível, e claro, dá essa visão de parceria e independência. Os artistas precisam saber que nós vamos cobrar e construir juntos”, concluiu Paulinho.