PAULO AFONSO – A idade avançada – e os problemas de saúde – do prefeito Luiz de Deus (PSD) estão de forma tão palpável que, quem o encontra em eventos como o ocorrido na Caiçara, na última quinta 4, no pingo do meio-dia, se pergunta por que ele ainda se submete a isto? Ou, dito de outra forma: por que o submetem?
Se havia um grupo querendo criar dissidência na prefeitura para salvaguardar vantagens à sombra do prefeito, pode tirar rapidamente o cavalo da chuva porque como é sabido, a primeira providência de Marcondes (PSD) à frente da gestão foi estancar a boca do caixa.
A coisa se encontrava de tal sorte desorganizada que, mesmo há três meses tentando arrumar, nesta semana motoristas do transporte escolar pararam as atividades por falta de pagamento.
“O problema é que tem a dívida do mês corrente, a despesa normal, e outra que está sendo negociada, até achar o equilíbrio teremos esses sobressaltos”, avaliou uma fonte ligada a Marcondes, presente ao encontro na Caiçara.
Enquanto Luiz de Deus recebia homenagens, como é comum a figuras honorárias, Marcondes corria para providenciar a saída da Caiçara, agendava reuniões, despachava num canto de mesa, dava ordens ao seu secretariado, ou seja, era o prefeito de fato.
Que se diga, mais uma vez: convém aos conselheiros de Luiz de Deus preservá-lo. Pela altura que ele tem como homem público. E também, como pôde ser observado na Caiçara, pelo carinho que as pessoas têm por ele.
Quanto a Marcondes, já passou do momento de reunir a bancada e organizar a salão político porque o baile das eleições já vai começar, e não pode ser como “dois para lá e dois para cá”, tem que ser todo mundo num passinho só.
