Não é nenhum exagero dizer que os municípios baianos mais distantes de Salvador não são vistos com os mesmos olhos que contemplam a capital e região metropolitana.
Paulo Afonso (Região Norte), é um dos condenados ao sofrimento eterno. A cidade que tem São Francisco de Assis como padroeiro, não deve ter tantos pecadores, mas nunca conseguiu receber ao menos 50% das graças almejadas.
Entre outras mazelas, o terminal rodoviário da cidade, visto como o mais feio do estado, é motivo de piadas para quem desembarca ou passa por lá. E para aumentar a vergonha, a péssima estrutura foi construído numa das regiões de maior movimento.
Ninguém explica onde foi aplicado R$ 1.018.000,00 destinado pelo Governo do Estado em 2013 para a reforma e ampliação do terminal. Há quem diga que a pequena intervenção, quase imperceptível, não custaria tanto dinheiro.
Enquanto isso, a construção do novo terminal rodoviário de Salvador, prevista para ser concluída até o final do ano, teve um orçamento de R$ 120 milhões. A responsabilidade da obra não é do Governo do Estado, mas de um consórcio, que após a conclusão, vai administrar o terminal por um período de 30 anos.
Em Paulo Afonso, a esperança é que alguém entre os muitos empresários da cidade, proponha ao Governo do Estado um acordo para construção de um terminal rodoviário condizente com o status da cidade. A empresa responsável pela construção teria direito de administrar o terminal por um determinado período acordado entre as partes.
Por Washington Luís